domingo, 30 de dezembro de 2012

EM 2022 TODAS AS ELEIÇÕES JUNTAS!


A partir de 2022, eleições deverão ser a cada 4 anos !

O senador Romero Jucá (PMDB), líder governista, deverá incluir na agenda do Congresso Nacional este ano, a discussão sobre a unificação de todas as eleições a serem realizadas a cada quatro anos, quando o eleitor escolheria num só dia, o presidente da República, governadores, prefeitos, senadores, deputados federais, deputados distritais, deputados estaduais e vereadores. À partir da eleição prevista para outubro de 2022 e daí em diante, todos os políticos seriam escolhidos de uma só vez acabando com esse modelo atual de realizar eleições a cada 2 anos o que gera enorme despesas para a Justiça Eleitoral, cria um problema para políticos que, não querendo ficar sem mandados, se veem na contingência de estarem renunciando no meio de seus mandatos inviabilizando assim projetos de se completarem um mandato eletivo. Um exemplo seria o caso do atual prefeito de Araçatuba, Cido Sério, reeleito para mais um período de 4 anos, contudo, dependendo das conversas, os acordos e entendimentos, em 2014, ou seja, no meio do novo mandato renunciaria para candidatar-se a deputado. Em não o fazendo, ficaria sem um mandato entre 2014 e 2016. Pela proposta de Romero Jucá, os prefeitos e vereadores a serem eleitos em 2016 teriam o mandato ampliado em 2 anos, ou seja, governariam por 6 anos, para que em 2022 coincidisse com as eleições presidenciais.
A idéia do senador Jucá merece total apoio e acolhida, pois o modelo atual vigente no Brasil com o eleitorado acorrendo às urnas a cada dois anos, provoca um imenso prejuízo financeiro para o TSE que promove o pleito, gera um imenso trabalho para servidores da Justiça Eleitoral e, para cidadãos convocados à servirem na realização da eleição em si. Sem contar o fato de que atualmente mal termina uma escolha os políticos já iniciam as articulações com vistas à eleição seguinte devido ao curto hiato. A unificação da escolha de todos os representantes políticos seria uma excelente forma de se aperfeiçoar a democracia, consolidar nomes e partidos além de promover um tempo maior onde o cidadão poderia avaliar melhor o desempenho de cada candidato, principalmente aquele que esteja ocupando um cargo público. O prefeito, o presidente, o governador recém eleito, assume normalmente herdando o orçamento deixado por seu antecessor, que em muitas vezes, adversário político, o que inviabiliza a nova administração logo de início, prejudicando diretamente o povo.    Quando o administrador está já ao pé da situação de seu município, estado ou do país, pressionado pelo calendário eleitoral, é obrigado a renunciar e preocupar-se com um novo pleito. Deixa, em muitas situações vices despreparados, sem condições de assumir fortes responsabilidades como foi o caso de Serra deixar em seu lugar, a prefeitura de São Paulo, o ilustre desconhecido Gilberto Kassab. Todos sabemos que em geral, os indicados para ocupar a segunda posição nas chapas, são oriundos de acordos mal feitos que nem sempre levam em conta a capacidade técnica, administrativa e o prestígio político-eleitoral. Um exemplo – alguém conhece a vice prefeita de Fernando Haddad, o novo prefeito de São Paulo ? Sabe de sua experiência em algum trabalho, algo que justifique sua indicação ? Qual sua vida política, cargos, mandatos, etc ?! Este é só um exemplo de como as coisas se processam nesse país. Decorrendo daí, uma enorme preocupação com os eventuais substitutos dos gestores públicos.
A coincidência da realização de todas as eleições num dia só, favorecerá o eleitor, tornarão os custos de uma eleição mais baratos, pois a confecção de material de campanha, vídeos e despesas afins cairão pela metade e facilitarão ao eleitor uma escolha mais partidária. Hoje no Brasil temos uma verdadeira “selva” de partidos políticos, na maioria das vezes usados apenas e tão somente para a promoção pessoal desses eternos candidatos sem voto, como Heymael, Fidélis e outros autênticos caçadores de oportunidades para venderem espaços no horário de propaganda de rádio e TV. Esses tidos partidos nanicos teriam que se adequar à realidade, lançar candidatos em todos os níveis. Acabaria com essa pulverização dos votos. Vejam o caso de Araçatuba, onde se elegeram 12 vereadores, um de cada partido. Apenas o minúsculo PPS elegeu dois, no entanto, isso nada representa em termos de força política e representatividade. Um sem-número de partidos, uma salada de siglas que mais confunde o eleitor e uma miríade de candidatos sem a menor chance de se elegerem como sempre fica comprovado. A unificação do pleito fortaleceria os partidos mais sérios, facilitaria o contato e o conhecimento por parte dos eleitores e, principalmente diminuiriam os custos bilionários das campanhas no Brasil. Por fim, daria condições para que os eleitos tivessem um tempo maior para colocarem em práticas seus planos de governo na certeza de que seus mandatos de fato não seriam interrompidos no meio do caminho.  Poderia-se dizer por derradeiro que a unificação daria um pouco mais de visão doutrinária e programática dos partidos políticos brasileiros. Com a modernização tecnológica das urnas eleitorais brasileiras, o povo deu mostras de ter assimilado este modelo, a rapidez da apuração e a credibilidade do TSE em tudo contribui para que este projeto venha a ser aprovado.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Lei Seca:


A nova "Lei Seca" 
Ninguém contesta a necessidade de coibir o abuso do álcool por motoristas, que é responsável por boa parte dos acidentes de trânsito que deixam mais de 40 mil mortos por ano e transformaram as ruas e estradas do País em cenário de uma guerra inglória. Mas as tentativas, no plano legal, de resolver o problema não têm sido muito felizes. Os problemas que tornavam a antiga Lei Seca (Lei Federal n.º 11.705/08) de difícil aplicação foram substituídos por outros, criados pela nova lei que a presidente Dilma Rousseff sancionou imediatamente após sua aprovação pelo Congresso.
A lei anterior - que estabelecia duras sanções para quem fosse flagrado dirigindo com concentração de álcool superior a 0,6 grama por litro de sangue - criou grandes expectativas, tão logo entrou em vigor em junho de 2008. As blitze da polícia, principalmente nas grandes cidades, mereceram destaque dos meios de comunicação e produziram bons resultados. Nos primeiros meses, caiu 20% o movimento nos serviços de atendimento a vítimas de acidentes de trânsito nas principais capitais.
Esses progressos não duraram muito. A fiscalização afrouxou, mas, mesmo que tivesse continuado rigorosa, não conseguiria levar os motoristas que habitualmente abusam do álcool a ser mais prudentes. Logo eles se deram conta de que podiam recusar o teste do bafômetro, fundamental para comprovar se a presença de álcool no sangue superava ou não os limites fixados pela lei. Exerciam assim o direito constitucional de não produzir provas contra si. E como só o teste do bafômetro e o exame de sangue podiam ser aceitos como prova de embriaguez para a abertura de ação penal, de acordo com decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no primeiro trimestre de 2012, a lei perdeu força.
Foi para resolver esse problema que o Congresso aprovou uma nova lei. Mas, parafraseando o velho ditado, há fortes indícios de que a emenda não vai melhorar muito o soneto, porque, na ânsia de resolver um problema, os parlamentares podem ter criado outros, e não dos menores. Agora, além do teste do bafômetro, servirão como prova exame clínico, perícia, vídeo ou testemunhos. No caso do exame clínico e da perícia, a grande dificuldade apontada pelo presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, é que "o País tem 32 milhões de motoristas que fazem uso de bebida. Um médico pode atestar se a pessoa bebeu ou se, por exemplo, está sob efeito de medicamento. Mas há poucos médicos e peritos. O que deve acontecer é que as blitze vão continuar sendo pontuais".
Muito pior do que isso é a importância decisiva dada às provas testemunhais. Iniciar ações penais com base nelas é uma temeridade. É muito fácil pessoas que presenciam acidentes - sejam policiais ou simples passantes - se enganarem, pela dificuldade de observar e formar um juízo sereno numa situação de grande tensão. Acidentes em geral provocam revolta, que gera sentimento de vingança. Como esperar que, pela simples observação visual, nessas condições, elas possam determinar se a pessoa envolvida num acidente consumiu bebida alcoólica além do limite legal, que a nova lei manteve inalterado - concentração superior a 0,6 grama por litro de sangue?
Isto é algo que beira a irresponsabilidade, porque o risco de que se cometam graves injustiças com esse tipo de prova, de fragilidade evidente, é grande. Tendo em vista o risco da avaliação subjetiva da prova testemunhal, é mesmo possível, como já se prevê, que muitos motoristas passem a aceitar o teste do bafômetro.
Se a nova lei tivesse ficado apenas no aumento do valor da multa, teria sido - se não o ideal, porque ele foi muito grande - pelo menos mais sensato. A multa dobrou, passando de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. Em caso de reincidência, ela vai para R$ 3.830,80. Este é sem dúvida um forte elemento dissuasório.
A nova Lei Seca, como se vê, já começa cercada de dúvidas e controvérsias. É uma pena. Só resta esperar agora que a prática da sua aplicação deixe evidente para os legisladores a necessidade de ajustes.
(Editorial d'O ESTADO DE SÃO PAULO de 22/12/12)

sábado, 8 de dezembro de 2012


Cido Sério não deve receber Dilador Borges para um cafézinho !

O prefeito de Araçatuba, Cido Sério (PT), reeleito com mais de 50 mil votos, de forma alguma deverá receber o eventual deputado tucano, Dilador Borges, para um cafézinho, como chegou a ser sugerido na  semana passada pelo próprio Dilador a quem Cido Sério derrotou em duas eleições municipais.  O clima entre os dois políticos araçatubenses é dos piores e isso ficou evidente no evento ocorrido esta semana, quando o mundo empresarial da cidade se reuniu para conhecer em detalhes as instalações e como será o novo shopping center a ser erguido próximo ao Supermercado Rondon. Ambos, Cido e Dilador sequer se cumprimentaram e o tempo todo procuraram ficar absolutamente de costas um para o outro, evitando-se ao máximo. No domingo anterior, Dilador Borges havia concedido entrevista e afirmou que tão logo assuma sua cadeira na Assembléia Legislativa, iria tomar a iniciativa de, através possivelmente da vereadora do PSDB, Tieza, em ser recebido no gabinete do prefeito, para, pelo menos “tomar um cafézinho”.  Mas, a idéia não parece agradar em nada o atual chefe do Executivo araçatubense e, certamente, a vereadora Tieza poderá até passar pelo constrangimento de ver negada sua pretensão, podendo até tomar ao invés de café, um demorado “chá de cadeira”, na ante-sala do gabinete do prefeito.
A iniciativa de Dilador Borges, no domingo ( 2 de dezembro, aniversário de Araçatuba), à priori, poderia soar como um aceno de paz e harmonia no conturbado mundo político pós-eleição. Para observadores da cena política, parecia uma demonstração de quem deseja pacificar os ânimos e baixar as armas. Este fato foi aplaudido por setores ligados aos tucanos. Contudo, já na terça feira, o próprio Dilador Borges, esteve pessoalmente em São Paulo, no Tribunal Regional Eleitoral, acompanhando a sessão em que os desembargadores votavam o recurso do PSDB tentando cassar a candidatura de Cido e Hernandez em relação ao processo movido pelos tucanos contra o então candidato Cido Sério no episódio em que foi flagrado um ônibus num comício, em que o PT teria contratado este ônibus para transportar próceres petistas. O recurso de Dilador foi derrubado, inclusive a multa pertinente aplicada pelo juiz Sumariva Jr. sendo perdoada. Foi sem dúvida mais uma indigesta derrota para Dilador Borges. Isso certamente “azedou” o café. A insistência do grupo de Dilador em processar Cido Sério e o PT, beirou as raias do absurdo. Foi de uma certa forma um exagero numa demonstração inequívoca de se tentar derrubar o prefeito num enorme “tapetão”. Mesmo depois de uma derrota acachapante, Dilador Borges não teve a humildade de reconhecer a derrota e ligar para o prefeito, desejando a este, sucesso na nova administração que se inaugura no dia 1º. de janeiro. Este gesto faz parte da moderna democracia e é imperativo daqueles políticos capazes de absorverem e entenderem os recados enviados pelas urnas.
E Cido Sério tem toda razão em não querer tomar um cafézinho com Dilador Borges. O quadro presente não demonstra que ambos sejam meramente adversários políticos mas sim, verdadeiros inimigos. Cido Sério Certamente deve remoer ainda mágoas com Dilador Borges que indiretamente usou de meios pouco éticos para atacá-lo. No triste e deplorável episódio em que foto-montagem atacando a honra pessoal do prefeito, sua esposa e terceiros, espalhado nas ondas da internet, em momento algum Dilador veio à público desautorizar tal perfídia, mesmo tendo pleno conhecimento do autor da agressão moral. Era um imperativo moral e legal que o candidato tucano repreendesse o autor, mas, isso já era decorrente das péssimas alianças políticas encetadas pelo PSDB e que não lograram êxito pois o povo rejeitou estes métodos sujos e manifestou esta rejeição no voto. Malgrado tais esforços de se atingir a honra pessoal do prefeito, o grupo político de Dilador moveu inúmeros processos contra o candidato petista e agora, como a justiça caminha lentamente, tais processos de uma forma ou outra criam obstáculos a apagar episódios lamentáveis do período eleitoral. É bem verdade que Dilador Borges igualmente sofreu intenso bombardeio com agressões imorais, baixas, pondo também sua conduta pessoal em cheque, sua honra e sua dignidade. As agressões assacadas contra Dilador pelo ex-prefeito Cinti, deram uma mostra daquilo que se deve evitar numa campanha eleitoral.
Os políticos são meros agentes públicos e devem comportar-se de forma republicana, respeitosa e acima de tudo se respeitarem entre si. Foi-se o tempo dos comícios onde os ataques às esposas, às famílias dos candidatos eram a tônica.  Numa cidade com a grandeza de Araçatuba, estes episódios são lamentáveis. Aqui não é Bilac, onde os eternos folhetos apócrifos jogados nas madrugadas, ofenderam a honra de um sem-número de cidadãos, sequer muitos nem eram candidatos.  A cidade, o povo quer o progresso, o desenvolvimento e não está adstrita a este ou aquele candidato ou partido. É imperioso que todos se unam em prol da cidade. Passado o período eleitoral, acabou-se as diferenças, as divergências. Quem ganhou tem o dever, a responsabilidade de assumir o poder e gerir a “res pública”. Quem perdeu, analisar onde errou, aplaudir a apoiar os vitoriosos, reconhecendo a manifestação popular, que afinal, tem a  última palavra – o voto. Dilador exagerou nos processos judiciais, criou um caminho tortuoso e agora fica difícil retornar. A cidade é que perde com tais situações como acontece em Birigui, onde o prefeito Borini não engole o deputado Roquinho Barbieri e este faz tudo para prejudicar o alcaide que, por via de consequência, atrapalha a cidade. É preciso que os candidatos possam medir, pesar bem as palavras, as agressões, as acusações durante a campanha eleitoral. Neste país, o adversário de hoje, pode ser o parceiro de amanhã. Lula que o diga!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

McDonald's e Habib's:


Drive Thru:      Quer morrer de raiva ou ter um infarto ?!           Vá ao McDonald’s ou ao Habib’s de Araçatuba !

Se você tiver qualquer problema de pressão arterial, náusea, epilepsia, surto, circulação sanguínea, irritação ou simplesmente falta de paciência, passe longe desses dois estabelecimentos “fast food” de Araçatuba, que mais parecem a ante-câmara do inferno! Em matéria de péssimo atendimento, incompetência, estupidez, preços altos, produtos assemelhados ao lixo, ambos – Habib’s e McDonald’s, estão empatados. Coincidentemente, disputam a mesma esquina na famosa confluência entre as badaladas avenidas Brasília e Pompeo de Toledo, no requintado Nova Iorque. Prá começar o calvário, a via crucis, você se depara com uma longa e demorada fila que, do lado do McDonald’s já merecia uma fiscalização da prefeitura, tendo em vista que, para acessar a aba que entra no estabelecimento, o motorista acaba causando um tumulto no trânsito, provocando acidentes e muita confusão. Entrou ? Pensa que seus problemas terminaram ? Não ! Apenas começaram ! Funcionários mal treinados tentam atender na fila antes do caixa. Você faz o pedido, eles digitam rapidamente, a fila na anda e o tempo passa.

Depois de eternos minutos, você chega ao ponto para pagar. No McDonald’s, não raro o sistema para receber na modalidade cartão de crédito não funciona. Você está sem dinheiro ou cheque e entalado no meio da fila com dezenas de outros motoristas impacientes na sua traseira, fica num beco sem saída e, depois de todo este sofrimento, é obrigado ir embora sem lanche sem nada. No lado do Habib’s a coisa é pior. Só aceitam cartão na modalidade “débito”. Não há informação antes. De longe você vê os “totens” dos cartões de crédito, puro enfeite nas paredes e portas. Sem outra alternativa você também é obrigado a ir embora sem o produto pedido. Exceto se tiver cheque ou dinheiro. Se tiver, menos mal. Depois de esperar outra eternidade você recebe os produtos solicitados “em suaves prestações”, muitas vezes tendo que tirar seu veículo da frente da fila para dar lugar a outro incauto e um funcionário todo suado, fedendo, vem trazendo aos poucos o seu pedido. Alguma coisa já fria,  os refrigerantes fervendo, passaram longe de uma geladeira. Um infeRRRRRRRRRRRRRRRRRRno!
É um absurdo o que acontece nestes dois pontos de encontro principalmente de jovens que são enganados por estas duas empresas – McDonald’s e Habib’s que parece não ter nenhum compromisso com seriedade, responsabilidade e sequer competência e capacidade para melhor treinar seus funcionários, que aliás, na maioria dos casos trabalham num regime de jornada extremamente exigente, puxado. Não é à toa que encontram dificuldades para contratar trabalhadores. Quem por lá já passou, quer distância. Essas empresas também estão na contra-mão da sociedade, das políticas públicas de preservação ambiental e proteção às florestas. Gastam um caminhão de papel, papelão em inúteis e grotescas embalagens. Com certeza, 50% do que se paga vai no quesito embalagem. Poderiam otimizar, simplificar. Parece que você vai para um piquenique com tanta coisa, tantos pacotes de papel, papelão e plástico, que compõe a embalagem de tudo. Um agressão ao meio ambiente, à natureza.Sem contar o alto poder calórico de seu produtos, um verdadeiro veneno para nossa juventude que já comprometeu a vida, a saúde de milhares de crianças e adolescentes dos Estados Unidos. É um absurdo. Centenas de médicos americanos participam de uma campanha para proibir a rede McDonald's de promover seus produtos entre as crianças e forçar a gigante do “fast food” a eliminar seu mascote, o palhaço Ronald McDonald.
A carta aberta, publicada nos grandes jornais do país, coincide com uma reunião anual dos diretores do McDonald's em Chicago, realizada recentemente.
A carta dos médicos pede ao McDonald's que deixe de incluir brindes em seus "McLanches Felizes", refeições que contêm sanduíches hipercalóricos e ricos em sal, gordura e açúcar. A obesidade infantil triplicou nos últimos 30 anos nos Estados Unidos. Atualmente, uma criança em cada três tem excesso de peso ou é obesa no país.

 A carta faz parte de uma campanha conduzida pela organização sem fins lucrativos Corporação de Responsabilidade Internacional (Corporate Accountability International), conhecida por sua luta para que a marca de cigarros Camel deixe de usar seu mascote, o simpático camelo Joe.
O palhaço Ronald McDonald --que com seus enormes sapatos e cabelos vermelhos enfeita as entradas dos restaurantes da rede -- tem sido usado por décadas como um simpático porta-voz corporativo.
Em um comunicado, o McDonald's defendeu seu mascote, seus cardápios e sua política de publicidade.
"Como o rosto da Ronald McDonald House Charities (braço encarregado das atividades de caridade do grupo), Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado", redigiu a empresa.
"Servimos alimentos de alta qualidade e nossos 'McLanches Felizes' propõem opções e variedade nas porções adaptadas às crianças", continuou. HAJA PACIÊNCIA! EU NUNCA MAIS VOU NESSES VERDADEIROS PORTÕES DE SANATÓRIOS!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

MENSALÃO:



O ministro Joaquim Barbosa não é nenhum super-herói!


O julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão) pelo Supremo Tribunal Federal, pela primeira vez em sua história, chamou a atenção de todo o país, dada a gravidade do fato delituoso julgado, como também dos réus envolvidos, pessoas que ocupavam os mais elevados cargos na administração federal, parlamentares, banqueiros, lobistas, enfim, os típicos figurões do colarinho branco. Depois de quase 7 anos entre milhares de papéis, audiências realizadas, quase mil testemunhas ouvidas, o julgamento desta AP está entrando em sua fase final com resultados surpreendentes cuja repercussão na sociedade brasileira é amplamente favorável e, esta se identificou de pronto com a figura do relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, que, coincidentemente esta semana se torna presidente desta mais alta Corte de justiça do Brasil. Negro, nascido de família pobre, pai pedreiro e mãe dona de casa, estudou com enormes dificuldades, galgando altos postos na diplomacia brasileira e, por conta disso aprendeu várias línguas estrangeiras, principalmente o alemão. A vida e a forma com que Joaquim Barbosa se comportou durante esses três meses do julgamento, levou grande parte dos brasileiros a aplaudir e apoiar seus gestos e decisões. Rusgas, embates e até agressões verbais entre ele e o seu colega, o ministro Lewandowski, atraíram a atenção da mídia e da opinião pública. Em muitas ocasiões, na verdade Joaquim Barbosa exagerou na dose ao cortar, interpelar seu revisor publicamente. É imperioso e legal que Barbosa admita, reconheça o voto de seus pares, gostando ou não.
Ninguém esquece o verdadeiro espetáculo que se transformou num bate-boca de baixo nível entre Barbosa e o ministro Gilmar Mendes, quando este presidia o STF. Entre outras palavras de nível duvidoso, chulo, Joaquim Barbosa acusou Mendes de “usar capangas em suas fazendas...”.  Ficou muito feio o atrito entre os dois ministros. Durante este julgamento do “Mensalão”, Joaquim Barbosa bateu boca em altos brados também com Marco Aurélio Melo. Isso inquietou os demais ministros tendo em vista que Barbosa assumirá a presidência e se espera  muitos atritos entre ele e seus colegas num ambiente conservador, elevado em que o respeito às diferenças de idéias seja a tônica. Não se pode aceitar que ministros do  STF em julgamentos no pleno, possam agredir-se moral e verbalmente por conta de seus votos. O respeito a cada um deve marcar as decisões de todos.  Esse destempero verbal e descontrole emocional é que chamou a atenção da mídia e do povo sobre a figura de Joaquim Barbosa. Da noite para o dia surgiram nas redes sociais inúmeras manifestações de apreço, de apoio ao ministro nos votos pronunciados ao enquadrar e condenar as figuras relevantes e de prestígio no governo Lula. Sua coragem é motivo de preocupação de setores da sociedade que, inclusive teme por sua segurança pessoal no futuro.
Ao abrir o Código Penal, em seu Artigo 121, temos: “ Matar alguém – Pena – reclusão, de 6 a 20 anos. (Homicídio simples)”. Seguindo, agora voltando para o Artigo 59, lembrando aqui como insistentemente nos ensinou o ilustre prof. De Direito Penal, Dr. Celso Vital, no UniSALESIANO, vamos encontrar neste artigo, a chamada DOSIMETRIA da pena. É justamente aqui que o magistrado avalia, analisa e pesa o quantum ele vai aplicar conforme o crime praticado, as circunstâncias em que ocorreu, a situação da vítima, os antecedentes do réu, a culpabilidade, motivos do crime, etc. É nesta fase que o juiz na verdade declara a pena a ser aplicada ao eventual réu. Agora, olhando para nossa Constituição Federal, encontramos lá no Artigo 102, Inciso I, alínea “c”, entre outras, as atribuições dos ministros do STF. Aqui entra a figura de Joaquim Barbosa. Durante 6 longos anos, ele, como relator estudou detidamente os autos do processo, avaliou cada acusado, a participação nos fatos narrados e atribuídos à cada um, para,  ao final chegar agora ao plenário da corte e apresentar seu voto, que não deveria nem poderia ser entendido como o pressuposto da verdade única ou real. Os demais ministros bem como os advogados dos réus poderiam e deveriam discordar. Neste ponto, Joaquim Barbosa se elevou ao nível daqueles que se sentam ao lado de Zeus no Olimpo, não admitindo ser contrariado. Aí bateu de frente com Lewandowski.
Então, Joaquim Barbosa, agora idolatrado e adorado como herói por grande parte da mídia, da imprensa, já sendo ovacionado por populares quando desce de seu pedestal e caminha entre os pobres mortais, sendo até escolhido e indicado para futuramente ser candidato à presidência da República, etc. Ungido com os super poderes dos heróis das revistas em quadrinho e do cinema, Barbosa é tido e visto como a solução para os nossos graves problemas. O povo brasileiro assim se comporta, mercê de seguidos governantes corruptos, de ladrões do mais alto escol a roubarem o bem público. Desde que Cabral aqui aportou, a corrupção tem sido a marca por excelência das diversas administrações causando ao povo a desesperança e desencanto com os agentes públicos e governantes eleitos. Entra governo, sai governo, a roubalheira continua. Assim, quando surge uma figura  como Joaquim Barbosa, o povo vê renascer a fé num homem público, vê reerguer a figura de um herói, um semi-deus capaz de dar jeito, resolver as constantes mazelas e por o país nos eixos. Mas tudo não passa de um episódio efêmero que logo será esquecido. Joaquim Barbosa é um simples mortal como outro qualquer, um simples servidor público que apenas deve e está exercendo suas funções e atribuições para o qual fora  indicado nos termos da Constituição. Não fez e nem está fazendo mais que sua obrigação – julgar nos termos da lei, simples assim. Heróis de verdade, são os quase 200 milhões de cidadãos deste país que há séculos convivem com as mazelas, os erros, A corrupção, os baixos salários, a péssima qualidade dos serviços públicos, os altos e pesados impostos...estes sim são os heróis!  

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mapa Político:


O novo mapa político-eleitoral do Brasil 

Após o rescaldo eleitoral, já se pode ter uma noção clara dos perdedores e vitoriosos sobre os resultados das eleições municipais deste ano e, se projetar uma visão daquilo que os números apontam com vistas ao pleito nacional em 2014. De uma maneira geral, o partido que mais cresceu proporcionalmente em nível de Brasil, foi o PSB – Partido Socialista Brasileiro, fundado pelo lendário líder pernambucano, Miguel Arraes, cujo neto, Eduardo Campos, hoje governador  daquele estado, aos poucos, em silêncio “à lá mineira”, conseguiu expandir o partido por todo o país, elegendo prefeitos em cidades expressivas e, principalmente em Recife e Belo Horizonte, onde o PSB se uniu até aos adversários do PT, deu uma rasteira no Lula, impondo sério revés aos planos petistas. Eduardo Campos influenciou inclusive na própria sucessão da capital paulista, onde a deputada federal Luiza Erundina que é de seu partido chegou a ser escolhida para ser a vice de Haddad, saltando fora do barco petista depois da indigesta aliança com Maluf. De qualquer maneira, Eduardo Campos que em São Paulo  era presumidamente aliado  do tucanato de Alckmin, fez seus liderados deixarem os cargos no governo paulista, aliando-se ao PT, contudo a aliança não vingou-se muito por conta da saída de Erundina, mesmo assim, o governador pernambucano mostrou que sonha alçar vôos mais altos. Em Recife, o PT perdeu para o PSB de Eduardo Campos e em Belo Horizonte, o PSB se uniu ao PSDB de Aécio Neves. Vai entender essa salada política muitas vezes incoerente, mas os interesses regionais prevaleceram. O que Eduardo Campos fará daqui para 2014, é uma incógnita  nesse tabuleiro do xadrez político, mas ele assustou o Planalto, assustou o PT e o PMDB que esta semana  seus líderes se reuniram num jantar com a presidente Rousseff para costurarem os primeiros acordos visando manterem a aliança básica do governo entre o PT e o PMDB, indicarem desde já o nome do senador Renan Calheiros (PMDB-Alagoas) como sucessor de Sarney na presidência do Senado e, o nome do eterno deputado Carlos Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte que deve estar cumprindo o seu décimo mandato, para presidir a Câmara Federal. Querem os aliados sinalizarem ao PSB de Eduardo Campos, os rumos que os governistas vão tomar.
Num rápido olhar sobre o novo mapa político, podemos ver que PT e PSB foram os partidos que mais cresceram, ampliando o número de prefeituras e também no contingente eleitoral. O PT ficou com as seguintes capitais  – São Paulo, Rio Branco, João Pessoa e Goiânia. Já o PSB, abocanhou Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Velho e Cuiabá. Dando assim maior visibilidade nacional ao partido. O PSD  de Kassab ganhou em Florianópolis. O PDT ficou com Natal, Curitiba e Porto Alegre. O PSOL  levou Macapá. O PSDB elegeu em Belém, Manaus, Maceió e Teresina. O PMDB ganhou em Boa Vista e Rio de Janeiro. Mas, como o PMDB e PT ainda dominam o cenário no congresso, terão fôlego para atravessar esses dois anos até a próxima eleição. A oposição de forma geral enfraqueceu ainda mais. Hoje não há um nome sequer para fazer frente a Dilma Rousseff na busca pelo Planalto. O PSDB errou em São Paulo ao lançar Serra. Deveriam ter segurado Chalita que foi defenestrado do partido por Serra que passa o trator sobre todos. Isso vai custar caro em 2014. Se Lula de fato disputar a eleição para governador de São Paulo, o enterro do PSDB será fato consumado.  Alckmin não será candidato  à reeleição, talvez dispute o Senado. Aécio Neves é o único nome com bom trânsito, mas tem restrições. José Serra está mais prá candidatar-se à alguma vaga de mordomo de filme de terror ou trabalhar no castelo do Conde Drácula, na Transilvânia. Candidatar-se talvez para deputado federal. Tem hoje uma imensa rejeição notadamente no setor do funcionalismo estadual.
Circulam em Brasília, nos bastidores políticos que as expressivas vitórias do PSB fizeram com que Eduardo Campos sonhe em deixar a posição de simples coadjuvante no cenário nacional, passando a  ator principal. Correntes já apontam seu nome para disputar a presidência  ou sair como vice de Aécio Neves. O Planalto aponta na direção de que Dilma Rousseff disputará sua reeleição ao lado do atual vice, Michel Temer. Essa posição hoje tem o aval de Lula, que afinal de contas tem sempre a palavra final no âmbito do PT. Com a retumbante vitória de Fernando Haddad, Lula saiu ainda mais fortalecido e ninguém ousaria contrariá-lo. Sobre Lula, um forte indicativo é que ele será o candidato ao governo de São Paulo. O PT, fragilizado com seus mais importantes líderes paulistas condenados no STF  por conta do Mensalão, praticamente está  órfão. Setores da mídia apontam o nome do atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha como provavel candidato do PT, mesmo tendo o fato de nunca ter disputado um cargo eletivo. Mas, com a eleição de Dilma em 2010 e agora Haddad, indicados por Lula e vitoriosos, acreditam que esse fato poderia repetir-se em nível de estado. Isso deixaria o PT extremamente fortalecido, mantendo o controle da prefeitura da maior e mais rica cidade e do próprio país reelegendo Dilma. Mas, penso que Lula não ficará muito tempo longe do poder, sem deter um cargo. Com o crescente desgaste do PSDB por conta do Serra e o fato dos tucanos já estarem governando São Paulo há quase 20 anos, é chegado o momento de se trocar o comando do Palácio dos Bandeirantes.  O PT consolidaria sua posição nacional mantendo em grande parte dos estados da federação, as alianças já existentes.
O DEM – Democratas, em que pese a grande vitória de ACM Neto em Salvador, derrotando o PT e ampla coligação, foi o partido que mais encolheu, perdendo inúmeros deputados e prefeitos agora,  principalmente por conta da debandada para o PSD do Kassab, que aliás, teve um desempenho interessante em muitos estados especialmente em São Paulo, onde elegeu um número considerável de vereadores, o que obrigará Fernando Haddad a sentar-se com o futuro ex-prefeito Gilberto Kassab para conseguir uma folgada maioria na câmara paulistana. Coisas do destino, coisas da política. Kassab, ex-DEM derrotou Marta Suplicy e foi massacrado e execrado pelos petistas raivosos que até puseram em dúvida sua masculinidade. Hoje, espertamente Kassab domina um partido, o PSD que o PT terá que agradar, namorar para conseguir obter maioria entre os vereadores. Nada que boa$ conver$a$ e acordo$ não re$olvam.  Oriundo do antigo PFL e de setores reacionários que sustentaram o regime militar, o DEM  de ACM Neto meio modernizado e isolado pelas centenas de  defecções, até ano passado sinalizava que por uma questão de sobrevivência, poderia fundir-se ao PSDB. Mas, o novo prefeito de Salvador dá mostras de civilidade e maturidade política, anunciando que irá conversar com Dilma e com o próprio Eduardo Campos, nova estrela política do nordeste e do Brasil.  O PMDB continua sendo o partido que mais controla prefeituras brasileiras, algo em torno de mil, contudo, perdeu espaços nos grandes centros e capitais. Manterá sua posição de coajuvante e “estepe” do PT, esperando, quem sabe pela morte da Dilma para assumir o poder. O PSDB elegeu o ex-senador  Arthur Virgilio Neto, prefeito de Manaus, antigo desafeto do PT quando líder dos tucanos no Senado, mas em nível nacional, ser prefeito de Manaus, pouco representa.  

sábado, 27 de outubro de 2012


Maria Fumaça: Araçatuba poderá ter viagem turística de trem

Em 1987, esta "maria fumaça" fez o trajeto entre Bauru e Corumbá, como parte de um projeto de antigos ferroviários para divulgar o turismo usando este tipo de transporte. A locomotiva hoje existente lá no bosque de Araçatuba, é do mesmo modelo desta e, segundo o secretário Carlos Nova, poderá ser recuperada e funcionar. (Foto tirada na gare da estação de trem em Três Lagoas/MS - arquivo do extinto jornal FOLHA DE TRÊS LAGOAS).

Segundo divulgou esta semana em seu site, o secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro, seu colega de gabinete, Carlos Gilberto Nova, secretário de Turismo de Araçatuba está tentando viabilizar um projeto que certamente vai não só emocionar o povo araçatubense como também resgatar parte de nosso passado histórico – ele pretende  usar a locomotiva  “maria fumaça” que se encontra no Zoológico Municipal Flávio Leite Ribeiro, que já foi avaliada pela Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais em condições de funcionamento, para promover semanalmente ou diariamente uma viagem turística entre Araçatuba a Birigui.

A linha férrea seria a mesma, já com permissão da América Latina Logística. A estação de Ferdinando Laboriaux seria o ponto de chegada e partida de Araçatuba. Uma forma de recuperar aquele prédio histórico. O secretário Carlos Nova, está tentando viabilizar o projeto, juntar as partes interessadas, promover um seminário, debater o assunto. Além disso, o Ministério do Turismo disponibiliza não só projetos como recursos para o turismo ferroviário desse tipo.  

Sem dúvida, a iniciativa do titular da pasta do Turismo merece de todos nós os aplausos e o apoio. Araçatuba, assim como grande parte das cidades do noroeste paulista, nasceu em decorrência da chegada dos trilhos da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil lá pelo início do século passado, no caso de Araçatuba, em 1908. A forte ligação da história, da economia, da cultura e da própria sociedade e do desenvolvimento urbano e rural se deve em grande parte ou em sua totalidade à linha férrea que outrora foi um marco da glória de um passado desenvolvimentista alicerçado na economia cafeeira.

A “maria fumaça” que se encontra praticamente abandonada lá no bosque municipal, é parte desse período de nossa história e, muitos antigos ferroviários e suas famílias que ainda vivem na cidade, sentem um saudosismo, uma dor profunda na alma em virtude da situação daquela locomotiva. Iniciativa do vereador Joaquim da Santa Casa e Tieza, tentaram sem sucesso trazê-la para o coração da cidade, afim de que pudesse ficar exposta na Av. dos Araçás, palco de um passado rico de fatos ligados ao progresso e desenvolvimento de Araçatuba. Toda a riqueza, o comércio, o burburinho da cidade estava ligado ao barulho dessas locomotivas que até hoje despertam um sentimento de respeito e saudade de um tempo que não volta. Caso se concretize de fato esta louvável iniciativa em fazer esta viagem turística entre Araçatuba e Birigui, do ponto de vista turístico, será sem dúvida um fato que atrairá milhares de visitantes doutras cidades interessados em fazer este passeio. Certamente, as crianças que não viveram este lindo período, vão adorar vivenciar momentos de nostalgia para alguns, alegria para outros.

Caso a Secretaria de Turismo consiga de fato viabilizar a volta e a realização deste passeio de trem através da "maria fumaça", será um resgate de nossa história, um motivo de júbilo e alegria para toda a região.

Várias cidades brasileiras possuem esses passeios turísticos à bordo de trens do passado – Jaguariúna, Paranapiacaba, Campos do Jordão, Rio Preto, Tiradentes (MG). Quem não conhece a badalada e belíssima viagem de trem entre Curitiba e Paranaguá ? E a  atraente viagem de trem entre Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) ? Com toda certeza, o passeio entre Birigui e Araçatuba atrairá turistas e proporcionará mais uma excelente opção para que estudantes possam, ao lado de seus professores, ao fazerem este passeio, aprenderem muito sobre nosso rico passado e a influência que a ferrovia  exerceu sobre nossa cultura, nossa economia e até mesmo na política. Durante décadas, o trem era o único meio de transporte entre a capital paulista e esta vasta região. Políticos de renome aqui aportavam por meio da antiga estação de trem. Muitos eram recebidos ao som de banda de música.Era sempre uma festa quando o apito ecoava na curva avisando a chegada do trem.  

sábado, 20 de outubro de 2012


A NOVA “CARA” DA CÂMARA MUN. DE ARAÇATUBA
(Foto do querido AG - Angelo Cardoso)
Ao todo, 37.634 votos do eleitorado araçatubense,  escolheram os doze vereadores com assento à nova Câmara que se instala no dia 1. de janeiro de 2013. Isso significa um pouco mais dos 30%  de eleitores que votaram nos quase 150 candidatos. O mais votado foi Cido Saraiva (PMDB), com 5.232 votos, o maior da história política da cidade e o 12° edil escolhido é Gilberto Batata, com 2.236 votos. Isso mostra a enorme dificuldade para se conseguir uma vaga na edilidade visto que o voto se pulveriza de sorte que o candidato precisa ter fôlego, dinheiro, paciência, articulação e prestígio junto ao povo. Destacamos que nomes históricos e com larga folha de serviços prestados à cidade, ficaram de fora, como o Dunga (2.095 votos), Mardegan (1.993 votos), Alex Lapenta (2.049 votos), Olair Bosco (2.200 votos), e, quem diria – Platibanda que teve uns míseros 1.166 votinhos). Tadami Kawata,  Assunta, Cabo Claudino e outras figurinhas carimbadas sobraram igualmente. Lapenta fez uma campanha robusta, cara e imponente, mas não convenceu o eleitorado. Foi uma enorme decepção do PT. Nomes fortes foram banidos, reprovados pelo eleitor – Platibanda, Durvalina, Olair Bosco, Edval da Madeira não se reelegeram e, Joaquim da Santa Casa não concorreu pois já estava mais que queimado por conta da fábula do “saco de dinheiro”. Os reeleitos, Cido Saraiva, Prof.Cláudio, Papinha, Dr. Nava, junto com os novos – Beatriz Nogueira, Rosaldo Oliveira, Dr. Jaime e Gilberto Batata formarão, em tese a bancada de sustentação ao prefeito também reeleito Cido Sério. Tieza, Arlindo Araújo, Edna Flor e Carlinhos do 3. DP terão a difícil, árdua missão de conter e controlar a administração municipal. Gostaria de lembrar que prevíamos já no dia 3 de outubro, que o grupo de Dilador não faria mais que 4 vereadores. Recebemos uma saraivada de críticas pela opinião, que acabou se confirmando.
Os derrotados e excluídos, como Platibanda, Durvalina, Edval, estavam grandemente desgastados por conta de posicionamentos dúbios e fracos. Durvalina Garcia teve um mandato pífio, fraco e mereceu voltar para casa. Platibanda, em que pese o relevante trabalho que presta com, suas ambulâncias, parece ter sido traído por essas pessoas que ele tanto ajuda. Ficará numa situação desconfortável não terá recursos para continuar prestando este atendimento beneficente. Falhou em sua repetitiva e cansativa oposição sistemática ao prefeito. Edval da Madeira está na Casa há 16 anos. Antes, no governo Maluly Neto era um anti-petista praticante e vociferava diatribes contra o PT, Lula. Tão logo Cido Sério entrou, bandeou-se para o lado do novo governo que antes tanto criticava. Deve ter sido castigado por seus eleitores já cansados de sua figura. Olair Bosco, até que foi um vereador que muita gente nunca tinha ouvido sua voz, trabalhou muito pelos bairros de sua área, lutando por asfalto, luz elétrica, esgoto, etc. mas foi prensado, esmagado pelo trator do prof. Cláudio Henrique que volta ainda mais forte ampliando sua área de atuação  representatividade. É forte candidato à presidência do legislativo e também disputa a liderança do governo. Cido Saraiva, que age em silêncio prestando relevantes serviços de atendimento ao povo mais humilde, teve a maior votação já dada para um vereador na história política de Araçatuba.
Dos novos que chegam – Rosalvo Oliveira, Beatriz Nogueira e Carlinhos do 3. DP, destaca-se a educadora e ex-secretária de Educação do município que surpreendeu até mesmo os petistas. Há quem diga que o prefeito foi entusiasta de sua campanha, inclusive em suas primeiras declarações à imprensa ao caminhar de seu apartamento até a sede do comitê, só citou o nome de Beatriz Nogueira. É articulada, fluente, inteligente e já aparece seu nome nos meios políticos como a eventual candidata à sucessão de Cido Sério. Carlinhos do 3. DP, é conhecido por suas obras de caridade, as inúmeras campanhas de arrecadação de roupas, agasalhos e alimentos que sempre fez. Gilberto Batata e Dr. Jaime já foram vereadores e possuem sólidas bases nos bairros. Rosaldo Oliveira foi uma surpresa pois ninguém acreditava que o PV elegesse um representante. Também foi um dos candidatos que mostrou uma campanha forte, centenas de cabos eleitorais e fiscais no dia do pleito.  Usou e abusou dos detestáveis carros de som e sem dúvida, mesmo sendo do PV que prega o respeito ao meio ambiente foi o candidato que mais sujou as ruas diante das escolas onde houve votação. Seu partido apoiou Cido Sério na primeira eleição e eles esperavam receber a Secretaria do Meio Ambiente sendo atropelados pelo argentino Héctor Rozas cuja cabeça foi pedida em ação na justiça por um dos membros do PV sob a alegação que Rozas estava irregularmente no país. Agora, aguarda-se a movimentação para ver como o prefeito Cido Sério irá compor seu gabinete em meio à esse emaranhado de partidos de sua coligação.
Tieza (PSDB) será a única representante da oposição com fortes ligações não só com o governador como também com Dilador Borges, eventualmente novo deputado a assumir em janeiro. Certamente grandes embates serão aguardados entre Tieza e Beatriz Nogueira. Como em 2014 teremos eleições proporcionais em nível nacional e estadual, para governador, deputados estaduais, federais e senadores, não há como evitar novo encontro nas urnas entre Dilador Borges e Cido Sério. O primeiro, estando já deputado deverá concorrer à reeleição e o segundo fatalmente deixará o cargo no meio do mandato para que o vice, Carlos Hernandes conclua e disputará uma vaga na Assembléia do Estado ou mesmo na Câmara Federal. O grande problema para Cido Sério em 2014 será acomodar seu vice que sem dúvida irá querer ser candidato à prefeitura,  diante desse novo horizonte que surge com o nome de Beatriz Nogueira. Edna Flor se desgastou muito no episódio em que abandonou sua candidatura como vice na chapa de Dilador Borges tanto que a mesma reconhece ter perdido esses quase mil votos por conta desse episódio. Anunciará em janeiro se candidatará à deputada estadual, uma verdadeira aventura que naufragará nas águas turbulentas do pleito. Se tivesse sido eleito prefeito, Dilador certamente apoiaria Edna Flor para ser deputada, usando sua base espalhada pelo interior do estado. Em 2010, Dilador teve votos em mais de 400 municipios. Agora diante dessa derrota em que Edna Flor teve responsabilidade direta, dificilmente a apoiará até porque já estará candidato à reeleição. Quem viver verá !

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A “guerra” entre Dilador Borges e Cido Sério continua em  2014 !

                                                                          Passadas as primeiras horas desse verdadeiro “tsunami” eleitoral que se abateu sobre Araçatuba, já possível avaliar o tamanho do desastre para alguns e  benesses da vitória de outros. Pelo menos 12 vereadores o prefeito e o vice salvaram-se da tragédia maior. Segundo a imprensa, Dilador Borges fechou-se em casa, abatido, deprimido, com enorme dificuldade em engolir esta terceira  derrota seguida, não se animando nem mesmo com a possibilidade concreta de assumir sua vaga como deputado estadual na  Assembléia Legislativa de São Paulo, em decorrência da eleição de três outros suplentes eleitos no pleito de domingo. E não é prá menos. Não se tem idéia do quantum, dos  números em dinheiro que Dilador Borges teria investido particularmente nestas três  eleições desde 2008 em que saiu derrotado pelo PT. A cifra certamente passa da casa dos milhões! E botem milhões nisso ! A hora é de se avaliar onde o PSDB errou e tem errado. Não precisa ser especialista nem técnico para apontar que nesta eleição de domingo passado, Dilador Borges e o tucanato cometeu pelo menos três erros cruciais   deixar Edna Flor escapar do compromisso em ser a vice prefeita na chapa, que abriria um leque alternativo junto ao eleitorado da periferia. O partido, parece ter sucumbido à decisão da vereadora e  não se esforçou no sentido  de convencê-la a manter a candidatura; uma total desarticulação nas negociações com os partidos, o que levou a maioria a fechar com o PT e lançar um elevado número de candidatos à vereança. Dilador ficou com uns poucos gatos-pingados, gente sem expressão política e, incapazes de puxar um número maior de votos. Conclusão, como era esperado, o grupo do PSDB elegeu apenas 4 vereadores deixando a oposição ainda mais fraca; A assessoria política e de marketing que trabalha para Dilador desde a eleição de 2008, é medíocre, incompetente, ineficaz e mais uma vez arrastou o candidato tucano para este pântano, por absoluta falta de visão política. Um programa de rádio e TV fraco e malfeito. A participação do candidato nos debates na TV foi um completo desastre. O embate  paralelo  entre Dilador e Cinti deveria ter sido evitado, ignorado, mas Dilador Borges deixou-se envolver nas teias malignas do ex-prefeito e caiu na opinião pública ao demonstrar um descontrole emocional diante de situações de extrema pressão.
                                                                              A escolha de Clarice Andorfato (DEM) para  ser a vice, foi um completo desastre, comemorado pelos petistas,que diziam não encontrar uma vice melhor  que esta para afundar de vez a candidatura de Dilador. Foi uma cena daquelas em que um náufrago ao pedir socorro, no lugar da bóia salvadora recebe uma pesada âncora! Os Andorfato’s, envolvidos no rumoroso escândalo da falência de suas empresas de consórcios que lesaram milhares de pessoas, nunca deveriam ter sido convidados e envolvidos na campanha. Dilador Borges, representando o novo, pregando a ética e a moralidade pública na política, mas nessas companhias...deu no que deu !   Paralelo ao fato de que a campanha tucana não tinha um discurso consistente, uma alternativa. Dilador errou ao criticar o caso dos kits escolares, como errou ao referir-se à Cido Sério como ”cassado” e a referência “ cabelinho molhado”. A exposição de fotos agressivas atacando a honra e a dignidade pessoal do prefeito e sua família, só serviu para irritar o eleitor que abomina essas atitudes de baixaria e agressões pessoais no pleito. O medo, a preocupação do eleitorado da presença ostensiva de Clarice Andorfato, seu marido Domingos Andorfato e seu filho Marcelo Andorfato, nos bastidores da campanha e a eventual participação no governo Dilador,  em caso de vitória, assustou, amedrontou o povo de Araçatuba e afugentou muitos eleitores, mesmo da classe média que tradicionalmente votava com PSDB. Isso foi fatal para derrubar o candidato, mesmo com o desgaste do prefeito Cido Sério nos últimos meses. A maioria do povo araçatubense preferiu deixar Cido Sério à frente da municipalidade, que correr o risco de eleger Dilador Borges e seu grupo político.
                                                                              A campanha nem bem terminou, surgiu a oportunidade de Dilador Borges assumir definitivamente uma vaga na Assembléia Legislativa e, já perguntado sobre isso, o prefeito Cido Sério afirmou que em hipótese alguma irá procurar Dilador Borges enquanto deputado estadual. Pode parecer um disparate, um gesto de insanidade e uma completa falta de civismo e de se pensar no interesse público, naquilo que é maior, que está e deve estar acima das picuinhas e brigas paroquiais. A população naturalmente espera que ambos – prefeito e deputado somem esforços e se unam em torno daquilo que visa o bem comum, a res publica. Infelizmente, o exemplo  mora ao lado. Em Birigui, o deputado Roquinho Barbieri e o prefeito Borini são inimigos declarados e acabam de sair de mais uma peleja que mostra não ter fim. Em Araçatuba não será diferente. Ao assumir sua cadeira de deputado, Dilador Borges, vê seu sonho de ser prefeito ganhar fôlego e buscará mostrar serviço, buscará recursos competindo com o prefeito Cido Sério que em 2014 será novamente seu principal opositor  em novo embate eleitoral. De um lado, Dilador vai  tentar reeleger-se como deputado estadual, até por uma questão de sobrevivência política e estar em exposição diante do eleitor. De outro, Cido Sério, deixará seu vice, Carlos Hernandes no cargo, disputará uma vaga para deputado estadual e, fatalmente vão estar em trincheiras opostas novamente. Há que lembrar, que a ex-secretária de Educação, Beatriz Nogueira, eleita com expressiva votação, surge como a provável opção para suceder Cido Sério à frente da prefeitura. Beatriz Nogueira é inteligente, soube usar a estrutura e seu trabalho frente a Secretaria Municipal de Educação, é articulada, jovem e ambiciosa. É um nome fortíssimo  na disputa da próxima eleição. Alex Lapenta que também poderia ser uma outra opção petista, mesmo com uma campanha forte, cara e ostensiva não conseguiu eleger-se vereador, abrindo assim um caminho natural para Beatriz Nogueira.    Quem viver, verá!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É DOMINGO !


ARAÇATUBA VAI ÀS URNAS

Neste domingo, à exemplo dos  mais de 5 mil municípios brasileiros, Araçatuba, através de seus mais de 138 mil eleitores, comparece às urnas para a escolha daquele que irá gerir os destinos desta grande metrópole nos próximos 4 anos, além de, igualmente escolher os 12 novos vereadores com assento à Câmara Municipal. São 4 candidatos, 2 com reais chances e cerca de 150 candidatos postulando uma vaga no legislativo. A coligação que apoia o atual prefeito, Cido Sério (PT), compõe-se de 17 partidos e disponibilizou 96 nomes a apreciação do eleitorado e, naturalmente terá uma oportunidade de eleger um maior número de vereadores. Já a coligação que apoia Dilador Borges (PSDB), lançou uns 40 candidatos mas dificilmente conseguirão eleger 3 ou 4 vereadores. Cido Sério, por força do grande número de partidos, reuniu cerca de 17 minutos no rádio e TV e o grupo de Dilador, com apenas 4 partidos, conta apenas com pouco mais de 5 minutos.
Cido Sério além de manter seu próprio vice na chapa, ampliou seu leque de opções ao arrastar para junto de si, um grande número de siglas partidárias, a passo que Dilador Borges, por absoluta falta de articulação política e pessoas capacitadas para interagir com as demais agremiações, perdeu a chance de expandir seu espaço. A situação do candidato tucano ficou mais vulnerável ao perder o apoio e a participação da vereadora Edna Flor (PPS), desde o ano passado, cotada para ser a candidata a vice principalmente por sua enorme credibilidade junto ao eleitorado e sua extensa penetração junto às camadas mais pobres da população. Ao perder o apoio de Edna Flor, Dilador Borges teve que engolir Clarice Andorfato (DEM), ex-vereadora e mulher do ex-prefeito Domingos Martin Andorfato. Ambos, nos anos 90 se envolveram num abismal escândalo financeiro, quando suas empresas no ramo de consórcios, teve decretada falência, pelo Banco Central, fato este de enorme repercussão em todo o país quando milhares de consorciados foram lesados e até hoje nunca receberam seus prêmios. Isso desgastou sobremaneiras o casal Andorfato e refletiu na candidatura de Dilador Borges que viu muitos de seus apoiadores abandonarem sua campanha por conta dessa aliança com o DEM.

O eleitor comparecerá às  urnas, praticamente com duas opções. O atual prefeito, mercê de suas dificuldades iniciais, conseguiu nos últimos meses recursos e atacou em todos os lados da cidade com inúmeras frentes de trabalho, buscando recuperar o tempo perdido. Contando ainda com um maior número de candidatos ao legislativo, Cido Sério dispõe de um grupo maior no contato junto à opinião pública, junto ao eleitorado. Destacadas lideranças comunitárias, ajudaram a levar a mensagem do prefeito. Ao construir quase 3 mil casas populares dentro do programa governamental “Minha Casa, Minha Vida”, o prefeito conseguiu reverter seu baixo índice de popularidade. A vinda e implantação do estaleiro junto ao Rio Tietê, trouxe um grande alento e abriu espaços à expansão econômica e um espectro desenvolvimentista. Corroborando este blog, há cerca de um mês passado, escrevemos que a coligação pró-Cido Sério elegia uns 7 ou 8 vereadores e o grupo de Dilador apenas 4. Com a pesquisa de intenção de votos divulgada hoje ( ver abaixo), tudo leva a crer que esses números podem ser ampliados. Se Dunga conseguir se eleger, no dia seguinte se bandeia para o lado do prefeito, deixando a oposição com 3 ou talvez 2 representantes. É uma questão matemática. A mesma pesquisa aponta que Cido Sério será como um tsunami sobre o tucanato local. 
De outro lado, Dilador Borges, oriundo do empresariado apresenta como sua arma maior, sua capacidade administrativa e sua vocação para gerir os destinos da cidade. Contudo, o candidato tucano peca ao ter uma enorme dificuldade de concatenar ideias, estabelecer  um discurso Inteligível. No correr da campanha, Dilador enfrentou enormes dificuldades para se fazer entender , teve lapsos de memória durante os debates públicos, chegando até o cúmulo de trocar seu número de partido. Isso gerou no eleitorado uma grande insegurança e capacidade de controle emocional, principalmente em momentos de extrema pressão. À sombra de Dilador Borges, posta-se sua candidata a vice prefeita,  Clarice Andorfato, provoca arrepios junto à população araçatubense, em função de eventual influência que esta e seu marido exercerão sobre o futuro prefeito.  Isso contribuiu para o crescimento do candidato petista. Voz corrente na cidade é de que a eventual consagração nas urnas de Dilador Borges, trará nuvens negras no horizonte da ensolarada cidade.

domingo, 30 de setembro de 2012


30/09/2012 - 05h30

Maioria rejeita influência de igrejas na eleição em SP


RICARDO MENDONÇA
EDITOR-ASSISTENTE DE "PODER"

A maioria dos eleitores de São Paulo rejeita a influência das igrejas na eleição para prefeito, revela a última pesquisa do Datafolha na cidade.
O instituto fez duas perguntas diretas aos eleitores. Primeira: você votaria num candidato apoiado pela Igreja Universal do Reino de Deus? Segunda: e se fosse alguém apoiado pela Igreja Católica?
Nos dois casos, o "não" venceu com larga vantagem: 70% dizem que não votariam num candidato apoiado pela Universal, e 57% dizem que rejeitariam um nome patrocinado pela Igreja Católica.
Poucos eleitores admitem votar num candidato apoiado abertamente por uma das duas igrejas. Mas o número de eleitores que aceita a influência religiosa é expressivo o bastante para fazer diferença numa eleição competitiva como a de São Paulo.
Segundo o Datafolha, só 5% dos eleitores dizem que votariam em alguém apoiado pela Igreja Universal. Se um candidato tivesse o apoio da Igreja Católica, 9% dizem que votariam nele para prefeito.
A Universal é liderada pelo bispo Edir Macedo, dono da TV Record, e tem 126 mil adeptos na capital, de acordo com o Censo 2010, do IBGE. Os católicos somam 6,5 milhões, ou 58% da população.
A influência religiosa tem sido uma das questões mais debatidas na campanha eleitoral de São Paulo. Em parte, isso ocorre por causa da presença de membros da Universal no comando da campanha de Celso Russomanno (PRB), que tem 30% das intenções de voto e lidera a disputa.
O PRB é presidido por Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal. Outros nomes da executiva da sigla também têm ligações com a denominação evangélica. Russomanno, que faz questão de dizer que é católico, tem repetido que a Universal não terá nenhuma influência em sua administração se for eleito.
Há alguns dias, a Arquidiocese de São Paulo, liderada pelo cardeal dom Odilo Scherer, divulgou uma nota insinuando que a vitória do candidato do PRB representaria uma ameaça à democracia.
O texto foi redigido após a circulação de um artigo de Pereira vinculando a Igreja Católica a uma cartilha anti-homofobia que o governo pensou em distribuir em escolas.
Dias depois, Russomanno recebeu um aceno de outro líder católico. Dom Fernando Figueiredo, bispo da Diocese de Santo Amaro, disse confiar muito "na sinceridade, honestidade e no modo de agir e pensar" do candidato.
O Datafolha também investigou se, na opinião dos eleitores, a Universal e a Igreja Católica estão apoiando algum dos três candidatos mais bem posicionados na disputa. Apesar do esforço que alguns adversários têm feito para ligar Russomanno à Universal, a quantidade de eleitores que enxergam apoio da igreja a ele é minoritária.
Para 37%, a Universal o sustenta. Outros 63% não sabem responder, acham que ela é neutra ou está trabalhando contra o candidato.
Já a Igreja Católica é vista por 17% como apoiadora de José Serra (PSDB), candidato que, desde o início da disputa eleitoral, mantém uma frequente agenda de visita a cultos de igrejas evangélicas.
Para cerca de 40%, a Igreja Católica tem se mostrado neutra em relação aos três principais candidatos.
A pesquisa mostra ainda que a nota da arquidiocese contra Russomanno pode não ter sido percebida como ato de oposição ao seu nome Somente 14% dos eleitores dizem que a Igreja Católica atua contra o candidato do PRB.
O Datafolha ouviu 1.799 pessoas em 26 e 27 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.

(sobre um texto da FOLHA DE SÃO PAULO)


sábado, 22 de setembro de 2012

7 DE OUTUBRO


ELEIÇÕES: A RETA FINAL DA CAMPANHA ELEITORAL


                                                       Exatos 15 dias marcam a chegada da reta final da campanha eleitoral deste ano com eleições de prefeitos e vereadores em todo o país. A situação em Araçatuba não apresenta alterações com a amostragem de duas pesquisas de intenção de votos divulgadas pelos jornais da cidade. A “Folha da Região” que costumeiramente contrata uma empresa chamada UP e “O Liberal Regional” contratou o IBOPE. Desde o ano passado, fora ainda do período eleitoral, Dilador Borges sempre aparecia com larga vantagem sobre Cido Sério, devido aos buracos e outras situações que depunham contra o atual prefeito. Bastou deslanchar o processo eletivo já agora, a mesma UP mostrou um novo quadro onde Cido Sério saltou 12 pontos à frente de Dilador Borges e, ironicamente, partidários do PSDB colocam em dúvida o resultado apresentado afirmando inclusive que a pesquisa “foi comprada”, ao contrário,  antes quando Dilador Borges sempre à frente, ninguém questionava esses números. Um banho de água fria sobre os tucanos veio com os novos números apresentados pelo ”O Liberal Regional”, confirmando a ascendente linha de Cido Sério.
O prefeito de forma surpreendente parece ter conseguido fôlego, recursos em Brasília e atacou em todos os lados da cidade com obras de asfaltamento, recapeamento, construção de prédios para unidades de saúde, escola, etc. Com uma certa celeridade, funcionários do município se apressam em mostrar serviço e, isso parece ter dado resultado mercê das pesquisas que apontam uma vitória expressiva do atual prefeito. No debate promovido pela “Folha da Região”, Cido Sério mostrou-se cauteloso, alheio ao fragor do debate, longe de ser questionado já que o espetáculo de circo mambembe ficou por conta do intenso tiroteio verbal entre Cinti e Dilador. Se Sidney Cinti estava ou está à serviço da candidatura petista ninguém sabe ou tem certeza, mas conseguiu provocar sérios arranhões na já combalida situação do candidato tucano. Por seu turno, o grupo de Dilador Borges mantém uma prática desde o inicio do ano em processar o adversário, enchendo a mesa do juiz eleitoral de seguidas e dispensáveis ações processuais que em nada contribuem para arrebanhar eleitores e conseguir votos. É uma orientação equivocada e desnecessária já que muitas dessas ações só terão algum resultado bem depois das eleições. Por outro lado, ao fazer acusações sem provas e desprovidas de fundamentação, o programa de TV do PSDB sofreu inúmeros cortes dando margem para que o PT usasse minutos preciosos em retratação.
A campanha em si não conseguiu seduzir o eleitor. Foi-se os bons tempos dos grandes comícios, os shows que empolgavam o povo. Hoje, por conta de uma legislação dura e coercitiva, aliada à mão firme e presente do juiz eleitoral, praticamente os candidatos não podem fazer nada e a única coisa visível pelas ruas da cidade são os famigerados carros de som que mais atrapalham que ajudam e os cavaletes com a cara dos candidatos, alvos da irritação do povo visto que atrapalham o trânsito, a acessibilidade. O segundo debate, agora promovido pela TV Bandeirantes foi um enorme fracasso. Praticamente ninguém assistiu nem ficou sabendo. Engessado, amarrado em regras duras, impedia os candidatos de se manifestarem mais. Desta vez, Dilador talvez melhor orientado  falou mais acertadamente mas não teve público e, Cinti, talvez com os puxões de orelha que deve ter recebido por conta da enorme baixaria protagonizada no debate anterior, fez com que este evento fosse prejudicado. Como no outro debate, o prefeito Cido Sério buscou ficar longe dos holofotes e pouco foi exigido. Nos momentos em que podia, mostrava suas realizações de forma serena sem agredir os adversários.
O programa eleitoral dedicado aos vereadores, é um desfilar interminável de um verdadeiro circo dos horrores. Candidatos patéticos, ridículos, idiotas sem o menor senso, se dão ao trabalho de irritar ainda mais o eleitor. Um caminhão de candidatos evangélicos, muitos destes com o privilégio de dispor diretamente de um celular com Deus, o Altíssimo, se anunciam representantes indicados pelo Criador, outros prometendo o impossível e a execução de obras e tarefas exclusivas do executivo. No fundo, a maioria desses candidatos estão querendo pegar uma gorda têta para mamarem, não sabem sequer o papel de um vereador, não sabem falar, não sabem nada, são uns perfeitos idiotas que viram alvos da chacota e do deboche. Pior será na hora da contagem dos votos. Muitos desses sequer votam neles mesmos, ou recebem votos da esposa ou da própria família. Urge uma reforma eleitoral capaz de atender às expectativas da opinião pública. Este modelo que ai está é superado. Esses carros de som, os cavaletes são objetos detestáveis que em nada contribuem para angariar votos e precisam ser repensados. Agora é esperar o dia 7 de outubro próximo. Quem viver verá!


sábado, 8 de setembro de 2012

Ficha Suja ?



317 Candidatos a prefeito foram barrados pela 

"Ficha Limpa"


Os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) barraram até agora a candidatura a prefeito de 317 políticos com base na Lei da Ficha Limpa, mostra levantamento do jornal  Folha de São Paulo nos 26 Estados do país.
O número deve aumentar, já que em 16 tribunais ainda há casos a serem julgados.
Entre esses fichas-sujas, 53 estão no Estado de SP.
Na divisão por partido, o PSDB é o que possui a maior "bancada" de barrados, com 56 candidatos --o equivalente a 3,5% dos tucanos que disputam uma prefeitura. O PMDB vem logo depois (49). Há algum tempo atrás, o ex-ministro e ex-governador cearense, Ciro Gomes afirmou que “o PMDB era um ajuntamento de bandidos cujo chefe era o então presidente da Câmara Federal Michel Temer”, hoje, vice-presidente da República. O PT aparece na oitava posição, com 18 --1% do total de seus postulantes a prefeito.
Todos os candidatos barrados pelos tribunais regionais podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A presidente do tribunal, Cármen Lúcia, já disse que não será possível julgar todos os casos antes das eleições, mas sim até o final do ano, antes da diplomação dos eleitos.
Os nomes barrados pelos TREs irão aparecer nas urnas eletrônicas, mas todos os seus votos serão considerados sub judice até uma eventual decisão no TSE.
Exemplo: se o ficha-suja tiver mais votos, mas seu recurso for rejeitado, assume o segundo colocado na eleição.
Entre os barrados, destacam-se o ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP-PE) e a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR-RJ).
Severino tenta se reeleger prefeito de João Alfredo (PE) e foi enquadrado na lei por ter renunciado ao mandato de deputado federal, em 2005, sob a acusação de ter recebido propina de um concessionário da Câmara.
Já Rosinha Garotinho, atual prefeita de Campos (RJ), teve o registro negado sob a acusação de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação durante as eleições de 2008.
A maioria dos barrados foi enquadrara no item da Lei da Ficha Limpa que torna inelegível aqueles que tiveram contas públicas rejeitadas por tribunais de contas.
De iniciativa popular, a lei foi sancionada em 2010, mas só passa a valer na eleição deste ano. A lei ampliou o número de casos em que um candidato fica inelegível --cassados, condenados criminalmente por colegiado ou que renunciaram ao cargo para evitar a cassação.
"A lei anterior era permissiva demais", disse Márlon Reis, juiz eleitoral e um dos autores da minuta da Ficha Limpa. Para André de Carvalho Ramos, procurador regional eleitoral de São Paulo, os próprios partidos vão evitar lançar fichas-sujas.
Em Araçatuba, basicamente não tivemos casos graves de barrados pela lei da Ficha Limpa. Alguns candidatos tiveram problemas com o registro de suas candidaturas principalmente por não terem prestado contas de seus gastos – receita e despesa na última eleição. Alguns conseguiram contornar este problema, outros recorreram.
No entanto, de forma emblemática, a candidatura de Dilador Borges (PSDB), sofre questionamentos por conta do fato de sua companheira de chapa, Clarice Andorfato (DEM), ter seu nome ligado à um gigantesco escândalo financeiro em que seu marido, Domingos Martin Andorfato, ex-prefeito, foi responsabilizado pela falência de três consórcios pertencentes à família, que resultaram em enormes prejuízos para milhares de pessoas que pagaram religiosamente seus compromissos e ficaram à ver navios, nunca receberam seus bens. Isso arranhou a candidatura tucana e muitos eleitores se afastaram do grupo de Dilador revoltados com tal escolha (sobre um texto da FOLHA DE SÃO PAULO - 8/9/12).