domingo, 23 de abril de 2017

Pelo fim do Imposto Sindical!

Pelo fim do Imposto Sindical!


Entre as inovações e mudanças que devem surgir com a reforma das leis trabalhistas, está o necessário e imperioso fim do Imposto Sindical, essa excrescência que alimenta milhares de sindicatos-pelegos espalhados pelo Brasil, que, surgem do nada, assim como, na mesma velocidade que se criam partidos políticos e igrejas evangélicas, virou um câncer a ser extirpado da sociedade. Esses pseudos-sindicatos fazem de tudo, menos representar de fato os vivos interesses dos trabalhadores. Servem como trampolins para carreiras políticas e agasalham bandeiras e interesses de grupos que se perpetuam no poder por longo tempo.


Normalmente, um cidadão funda ou se elege presidente de um sindicato qualquer, organiza e preenche a diretoria com gente de sua absoluta confiança, quando não, de parentes e aderentes, aprova um estatuto com cláusulas e mecanismos para se perpetuar no poder, impedir o surgimento de novas lideranças além de embaraçar e dificultar a realização de assembléias para eleição e renovação das diretorias. Esta é a tônica do sindicalismo no Brasil. Basta dar uma olhada no quadro de Araçatuba. Há quanto tempo não se renovam as lideranças sindicais da cidade?


Quanto tempo José Geraldo Fogolin preside o Sindicato dos Bancários e a cooperativa? Quanto tempo José Carlos dos Santos está à frente do Sindicato dos Comerciários? Quanto tempo Sérgio Balsalobre conduz o Sindicato dos Motoristas? Gener Silva está há quanto tempo no Sindicato dos Comerciantes? Wilson Marinho preside a Associação Comercial desde quando? Rosaldo de Oliveira preside o Sindicato da Limpeza desde quando? E o Sisema? Sempre com eleições conturbadas e questionadas na justiça. A maioria dessas lideranças está há décadas presidindo esses sindicatos. Não há renovação, não há uma oxigenação no quadro diretivo. Ser presidente de sindicato tornou-se uma profissão recheada de privilégios e oportunidades.


Em geral, no Brasil a situação não é diferente. A grande maioria se envereda pelos caminhos da política como o Avelino Chinelo, juntando interesses pessoais e de grupos com os justos e legítimos interesses dos trabalhadores. Acabam se elegendo a cargos eletivos contaminando e deteriorando as bandeiras pelas quais deviam lutar. O fim do Imposto Sindical vai dar a oportunidade democrática e justa do próprio trabalhador optar se quer ou não ser filiado a um sindicato. Vai depurar e separar o joio do trigo pois a grande maioria dos sindicatos não prestam contas a ninguém, seus presidentes usam e aplicam os recursos da entidade da forma como bem entendem e muitos usam em benefício próprio em viagens para congressos, encontros, seminários inúteis e desnecessários. Em Rio Preto, o presidente do Sindicato dos Motoristas, que já foi vereador, Daniel Caldeira, foi afastado do cargo e o sindicato está sob intervenção com inúmeras denúncias de irregularidades. O culto à personalidade, é outro gravíssimo desvio de conduta de alguns líderes sindicais que usam o sindicato para sua exposição pública de forma exagerada, estampando enormes fotos nas sedes dos sindicatos e até espalhando out-doors pelas ruas da cidade.



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