quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Política: Nada para comemorar!

Política: Nada para comemorar!

A atuação do prefeito e dos vereadores foi medíocre e a população tem pouco a comemorar. 

O ano termina e uma olhada para trás vamos vislumbrar que o mundo político de Araçatuba pouco ou nada mudou e a população não tem nada a comemorar, pelo contrário, lamentar a enorme decepção com a eleição do tal casal Dilaflor, cujas promessas de campanha, mostram-se distante dos sonhos dos mais otimistas entre os araçatubenses. Para ganhar a eleição, Dilador e Edna Flor mentiram, enganaram, acenderam uma vela para Deus e outras ao Diabo, pisaram naquilo que de mais sagrado respeitavam – suas próprias histórias de vida. Dilador, diferentemente do que pensava antes, fechou acordos espúrios com esses partidinhos nanicos, trocando votos, apoio político por cargos e outras benesses nada republicanas. Antes, criticava o ex-prefeito Cido Sério (PT) por conchavos, nomeações de cargos comissionados. Fez a mesma coisa e decepcionou muitos aqueles que inclusive o apoiaram. Manteve na administração, gente ligada ao PT, que já mamavam nas têtas públicas, tudo em nome da troca de favores e votos. Sem critério técnico algum, Dilador nomeou pessoas desqualificadas em detrimentos de gente com boa formação acadêmica e profissional. Algumas nomeações se mostraram desastrosas politicamente nas primeiras horas do governo, conforme se verificou com as exonerações desgastantes da profª. Marly Garcia e do ex-vereador Nava. Seguiu-se ainda a queda escandalosa do Dr. Celso D’Alckmin. O prefeito, para atender interesses escusos ainda nomeou “amigos” de outras cidades.

Este primeiro ano do governo Dilador foi medíocre, marcado sempre pela desculpa da falta de dinheiro. Merece destacar as desastrosas aberturas de licitações para a contratação de nova empresa de transporte público quer acabaram barradas pelo TCE e não deram em nada. As promessas de ônibus modernos, dotados de ar condicionado, “wifi”, pontos cobertos e com bancos, além de fraldário, certamente ficarão no esquecimento. A promessa de mudar a estação rodoviária também deverá ser deixada numa gaveta. Em ano eleitoral, 2018, será marcado ainda pela absoluta falta de recursos que inviabilizam projetos megalo-maníacos e sonhos impossíveis. Talvez, o único setor em que o prefeito pode comemorar, é a sua relação com a câmara dos vereadores. Pela primeira vez em muitos anos, não teve dificuldade em estabelecer uma bancada subserviente, omissa, covarde constituída de vereadores vassalos que se ajoelham e aprovam tudo que vem do Executivo sem pestanejar ou discutir. O prefeito Dilador, sabia de antemão que seria fácil obter essa maioria graças à reeleição dos 90% de vereadores que antes apoiavam Cido Sério, a maioria políticos altamente fisiológicos, interesseiros que defendem primeiro seus próprios interesses. Dilador soube “convencer” os edis, oferecendo cargos e outras benesses. Em matéria de coerência político-ideológica, esses vereadores são capazes de quaisquer negócios.

A câmara, por sua vez, teve a presença de 15 parlamentares e mostrou-se pior que os 12 anteriores. O Líder do Executivo escolhido pelo prefeito Dilador, o Dr. Alceu Batista (PV) não teve pulso, não teve autoridade, mostrou-se fraco, indeciso e se perdeu em muitas ocasiões. Há rumores que será trocado pelas “velhas raposas” da política, como Jaime, Dunga ou Claudio, que antes beijavam as mãos de Cido Sério e eram, inimigos políticos do prefeito atual, mas como a política é sempre essa sujeira, essa lama de sempre, nenhuma novidade nessas escolhas. O vereador Arlindo Araújo (PPS) foi o único a manter-se coerente com a mesma linha de conduta de quase 30 anos, posicionando-se de forma independente e votando contra os interesses do Executivo por não ter rabo preso, dever favores ao prefeito. Surpreendeu a atuação, os novatos Lucas Zanata (PV) e Dr. Flávio Salatino (PMDB), mantendo uma certa coerência e apresentando proposituras viáveis e interessantes. Beatriz Nogueira (Rede), Carlinhos (SD), Pichitelli (PSL), Cido Saraiva (PMDB), Márcio Saito (PSDB), Batata (PR), Jaime (PTB) e Cláudio (PMN), Dunga (DEM) ficaram abaixo das expectativas com proposituras dispensáveis, inoportunas e sem maiores resultados.

A grande decepção, o vexame e uma atuação que merece nota zero, foi daquele pelo qual o eleitor esperava muito. Aquele candidato que, trepado sobre um picadeiro ambulante, arrastou milhares de incautos, levados por um discurso fácil, quer prometia “moralizar” a câmara, prometia “tirar a lona de cima do circo”, acabou metendo os pés pelas mãos, saindo-se pior que a encomenda. Ganhou a antipatia geral de seus colegas por ter um comportamento antiético, desrespeitoso, considerar-se o “melhor” dentre todos. Enganou seus eleitores ao esconder que era contador pessoal do empresário Dilador Borges, o que o torna suspeito para votar matérias de interesse do hoje prefeito. Esse vereador pisou em suas promessas e hoje recebe o repúdio de setores que o apoiaram. Antes, na campanha xingava os vereadores de que pertenciam à uma “cambada”, era uma “caterva”, que muitos foram eleitos graças à “malas e malas de dinheiro”, sempre levantando acusações infundadas, levianas e irresponsáveis contra os vereadores que inclusive se reelegeram. Tão logo assumiu, o vereador “da cambada”, como ficou marcado, se acovardou, hoje vive aos beijos e abraços com aqueles que ontem criticava, xingava. Está quietinho, tendo engolido duras acusações como a expressão de um cidadão revoltado que disse em suas fuças de “que só prestava quando não era vereador”. Recentemente foi ameaçado pelo ver. Arlindo de que o “fará engolir qualquer coisa que citasse seu nome”. Ontem era um leão valente, hoje um ratinho acovardado!  

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