sábado, 24 de fevereiro de 2018

Quanta diferença!

Enquanto Valparaíso cassa o prefeito, em Araçatuba, vereadores são omissos e irresponsáveis! 

Numa velocidade relâmpago, os vereadores da câmara municipal de Valparaiso, cassaram o mandato do prefeito Roni Ferrareze (PV).  Dos 11 edis, 8 votaram pela cassação. E pasmem! O prefeito eleito em 2016, ficou apenas 14 meses no cargo. E em Araçatuba? Em Araçatuba, Cido Sério (PT) governou por longos 8 anos, foi acusado cerca de 19 vezes por improbidade administrativa além de outras ações e também responde no caso do processo envolvendo o desvio de R$ 15 milhões sobre o tal Estaleiro do Rio Tietê. E o que os vereadores da câmara de Araçatuba fizeram nesse período?! Simplesmente nada, absolutamente nada! Diz a Constituição Federal que uma das principais funções de um vereador, é “fiscalizar” os atos do prefeito municipal. Os vereadores de Araçatuba, mantendo a prática comum de anos passados, durante todo o governo Cido Sério, abriram mão de suas prerrogativas, nunca fiscalizaram nada e deixaram essas ações correrem, pior ── os “ilustres” vereadores de Araçatuba, irresponsavelmente, fecharam os olhos aos desmandos, aos erros praticados pelo então prefeito. De forma criminosa, omissa, os vereadores rasgaram as leis, preferiram manter suas “alianças” com o gestor, através da troca e benesses, favores pessoais e indicação de seus apaniguados para ocuparem cargos comissionados na administração.


Essa relação pecaminosa, incestuosa, criminosa havida entre o prefeito e os vereadores, sempre foi lesiva, nociva ao interesse público. O eleitor votou no vereador, dando-lhe um verdadeiro cheque em branco para representá-lo. Ao final, este vereador de forma traiçoeira, criminosa, faz acordos espúrios, sujos com o executivo em troca de manifestar-se e votar sempre favoravelmente ao projetos de interesse do prefeito. De outro lado, esses “acordos infames” igualmente obrigam o vereador a votar sempre contrário às iniciativas que visem julgar, apreciar atos praticados pelo gestor. Muitas dessas iniciativas surgem da parte do Ministério Público ou de cidadãos inconformados com atos errados, criminosos cometidos pelo prefeito e acobertados com a anuência irresponsável e criminosa dos vereadores, que tangidos pelos “acordos” assumidos com o executivo, os impede de votar favoravelmente pela abertura de comissões de investigações, comissões processantes, etc. Em Araçatuba, é raro isso ocorrer. Não se tem notícias nos últimos 10 anos que a câmara tenha aprovado uma CEI sequer.

A irresponsabilidade, a omissão, a prevaricação dos vereadores, notadamente durante o governo Cido Sério foi algo até constrangedor. O prefeito, por conta de seus “acordos espúrios” mantidos com a sua base de sustentação, conseguiu ao longo desses 8 anos, passar incólume à ação do judiciário. Mas não se enganem que isso foi um “privilégio” de Cido Sério. Já no governo do ex-prefeito Jorge Maluly Neto (DEM), essa era a tônica, a prática. Envolvido até o pescoço no famigerado escândalo do “Caso do Banco Interior”, Maluly já condenado e cassado, conseguiu manter-se por quase 8 anos no poder, graças à anuência, à omissão, à irresponsabilidade criminosa dos vereadores dá época. E todo mundo sabe, até os cachorros da rua sabem o quanto Maluly teve que dispender para “comprar” sua permanência à frente do executivo. E lamentavelmente, muitos daqueles vereadores que extorquiam, arrancavam benesses e favores de Maluly, continuam aí na vida pública, sendo reeleitos seguidamente pelo povo. Da mesma forma que com o atual prefeito, não é diferente. Tão logo assumiu, Dilador Borges, fez a mesma coisa que antes condenava. Montou sua “bancada da situação”, colocando um cabresto nos vereadores, nomeando seus apaniguados em cargos comissionados.

Eleito com minoria na câmara, Dilador Borges, que cansamos de escrever aqui como sendo uma pessoa íntegra, de caráter inatacável, fez aquilo que todos políticos canalhas e corruptos fazem ─ correu atrás de vereadores que antes ele mesmo criticava, como Jaime, Dunga, Cláudio. Fez com estes e outros, os costumeiros conchavos nada republicanos e impublicáveis, nomeando em cargos de comissão, pessoas indicadas por estes vereadores. Em troca, claro, o prefeito espera contar com o apoio desses vereadores nas votações de seu interesse.  Dilador tratou de pavimentar um caminho mais fácil, mais tranquilo nas questões da câmara. Em que pese estar começando um princípio de rebeldia dessa tal bancada de situação, nada como um cafezinho no gabinete para “atender” os pedidos dos vereadores que se mostram hoje insatisfeitos. O certo é que, atendidas essas “pressões”, o prefeito mantém os vereadores comendo em suas mãos, segura o cabresto de cada um e tem garantida sua sobrevivência diante do legislativo. Os vereadores de Valparaíso dão mostras de que é possível ter um legislativo atuante e sem compromissos e rabo preso com o prefeito. Quanta diferença!










terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Tieza, a coveira do carnaval!

Tieza, a coveira do carnaval de Araçatuba!
Este é o retrato perfeito do carnaval de 2018, na gestão de Dilador Borges e Edna Flor, organizado pela secretária de Cultura, Tieza Marques. 

Quem viveu os anos dourados (1960-1980) e assistiu aos grandiosos corsos carnavalescos nas ruas centrais da cidade, lembra da beleza, do colorido e da grandiosidade dos blocos, carros alegóricos e a presença única e sempre celebrada de Carlos Spironelli que enriquecia o show com suas fantasias riquíssimas e admiradas por todos. Spironelli era absoluto, era um “semi-deus” dos tradicionais carnavais de Araçatuba. A rivalidade entre os blocos era grande e o público que ganhava com o espetáculo que após os desfiles se prolongava nos clubes tradicionais da cidade – Corinthians e Araçatuba Clube. Hoje, esses carnavais ficaram na história. Os tempos são outros. Os clubes nem existem mais. Tudo se acabou. Agora é só cinzas! O carnaval de Araçatuba que já agonizava nos últimos anos, foi enterrado definitivamente pela secretária de Cultura, Tieza Marques, que entra para a história como a coveira do carnaval araçatubense! Por absoluta incompetência, incapacidade, a secretária que atua de forma imperial, conduziu vergonhosamente um carnaval pífio, medíocre, pequeno. Haviam mais banheiros químicos que foliões. A chuva já tinha se encarregado de destruir o palco montado e o povo, o povão não compareceu. Foi um espetáculo deprimente com um ar de funeral.
A grandiosidade, beleza, cores e alegria dos carnavais do passado.


A secretária de Cultura do governo Dilaflor, anda na contra-mão e precisa urgentemente acender umas velas para S. Pedro, que a tem castigado sempre quando da realização de seus eventos. Ano passado, igualmente a chuva acabou com o show da dupla Mayck & Lian, que iam se apresentar em Araçatuba. Agora, no carnaval, nuvens tenebrosas rondavam a cidade anunciando o enterro do carnaval. Rosvel Menezes, um dos mais antigos carnavalescos da cidade, em entrevista à FOLHA DA REGIÃO recentemente, chorou ao relembrar os bons tempos do reinado de Momo e lamentava a falta de apoio da administração municipal. Aliás, esse carnaval da Tieza foi tão pobre, tão medíocre, que o rei Momo era um sujeito magrinho, contrastando com a eterna figura de reis gordinhos, aquelas fartas bochechas. Talvez a magreza do tal rei, retratasse fielmente os sinais da crise e da falta e visão e planejamento do pessoal da Secretaria de Cultura. Este ano, as tradicionais escolas de samba – “Virada do Sol”, “Sonho e Fantasia”, “Unidos da Zona Leste” e “Caprichosos”, em represália à falta de apoio do prefeito, decidiram boicotar o carnaval. Também não era prá menos! Um prêmio, uma mixaria de apenas R$ 15 mil aos participantes. Tieza deve ter ido pedir algumas moedas na porta do cemitério. Tamanha pobreza!

Quem viveu os anos dourados sentiu a imensa alegria dos grandes carnavais.

O certo é que as relações entre a prefeitura de Araçatuba e a ASSESA – Associação das Escolas de Samba de Araçatuba parecem não andarem bem. No site do Tribunal de Justiça de SP, há um processo movido pelo Município contra a ASSESA, ainda no governo Cido Sério, por falta de prestação de contas, no entanto, o processo foi extinto por falta de interesse em agir. Sem apoio, sem estrutura, sem dinheiro, as escolas optaram por não participar do corso. Apenas um grupinho de crianças sem qualquer ligação com o carnaval e alguns jovens sem fantasia, apenas vestidos de preto, protestavam contra a homofobia. Isso se resumiu na tristeza, num autêntico cortejo fúnebre do carnaval de Araçatuba. Estranhamente, a população também boicotou. Alguns dizem que foi em represália ao fato da secretária Tieza ter xingado o povo que havia comparecido na câmara para protestar contra o aumento do IPTU. Na ocasião Tieza se referiu ao povo como “comedores de pão com mortadela”, numa alusão aos petistas, sem-teto e sem-terras que costumam seguir as manifestações do PT.

Na verdade, cidadezinhas pequenas como Piacatú, Potirendaba, Santo Antonio do Aracanguá, Ilha Solteira, Pereira Barreto, realizaram grandes carnavais. Sem esquecer Votuporanga, que há anos atrai milhares e milhares de pessoas de todo o Brasil para o seu espetacular carnaval que em cada noite recebeu perto de 50 mil foliões. Araçatuba padece da falta de pessoas capacitadas para gerir esses eventos culturais. Talvez haja uma falta de diálogo entre a secretária Tieza e esses grupos. O Rio de Janeiro tem o melhor e maior carnaval do mundo, porque já na 4ª. Feira de Cinzas, as diretorias das escolas de samba se reúnem e começam a planejar o próximo evento. Aqui, talvez a mediocridade, a falta de visão estejam embaçando a visão de futuro, a arrogância, a prepotência e a “politicagem” estejam tornando vesga a visão daqueles que deveriam planejar, organizar essas festas populares. Quem perde é a cidade, sua população, seu comércio. Aliás, em Olímpia e Votuporanga, o comércio nem fecha durante essas festas. A rede hoteleira e os restaurantes também ganham com a vinda dos turistas. Lamentavelmente, Tieza bateu o último prego no caixão do carnaval de Araçatuba. 


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Arlindo Araújo critica Dilador

Na volta aos trabalhos, vereadores chamam a administração Dilador de lenta, morosa e incompetente! 

A primeira sessão legislativa de 2018 da Câmara de Vereadores de Araçatuba foi marcada por críticas ao prefeito Dilador Borges (PSDB). Faltaram explicações, informações e sobraram cobranças e ataques de seus próprios aliados. Há no ar, uma visível insatisfação dos vereadores que fazem parte da bancada situacionista. O vereador Dunga entre outras coisas afirmou: “A verdade é uma só ─ Não estamos sendo atendidos em nada!” Mas quem não dispensou críticas ao prefeito e isso não é nenhuma surpresa, foi o vereador Arlindo Araújo (PPS), sempre independente, criticou os demais colegas pelo troca-troca de favores, cargos por apoio no executivo e disse que a “administração que está aí já há 14 meses, padece uma lentidão, uma morosidade, uma incompetência”. Citou como exemplo que “há 31 lâmpadas queimadas na avenida Café Filho...E por que não se resolve o problema da buraqueira na rotatória da avenida Mário Covas com Aguapei?”. Arlindo também atacou o prefeito que prometera na campanha acabar com várias secretarias e não o fez, pelo contrário nomeou vários apaniguados, compadres, esses lambe-botas. Tudo em troca de apoio na câmara. Dilador e Edna Flor sua vice, que antes tanto criticavam o governo PT por manter essa relação incestuosa com vereadores, fazem a mesma coisa que antes condenavam.


Arlindo Araújo ainda disse: “Graças à Deus eu não faço parte dessa bancada”. Soa estranho isso porque Arlindo elegeu-se no grupo político do prefeito Dilador. Arlindo deixou claro que a administração não vai bem. Agora estranho mesmo é o comportamento do vereador Dr. Alceu (PV) que, como Líder do prefeito, mais uma vez mostrou-se incompetente, fraco, omisso. Não abre a boca, não diz nada. Há rumores de que será substituído pelo vereador Jaime, mais tarimbado para responder às críticas dos vereadores ao executivo. O Dr. Alceu não faz nenhuma questão de explicar nada. Parece que não tem contato com o prefeito, com seus secretários. A vereadora Beatriz Nogueira (Rede), sem dirigir-se diretamente ao prefeito, fez dura críticas pelo fato de, segundo ela, “estar sabendo de notícias de que vão mudar a lei que ampara os idosos entre 60 e 65 anos de não pagarem pelo transporte público”. Ela se referia à intenção do prefeito de enviar ao legislativo projeto alterando essa faixa etária para atender o interesse das empresas que não querem participar da licitação do transporte público de Araçatuba. A vereadora cobrou respeito aos direitos dos idosos, deficientes e grávidas.

O vereador Dr. Flávio Salatino (PMDB) também fez considerações sobre a morosidade e lentidão do governo Dilaflor e disse ─ “Essa inércia é gritante”. Toda essa discussão e críticas ao prefeito surgiu no eterno problema da Arapark e as multas aplicadas aos motoristas. Os vereadores se mostraram irritados pelo fato de desde o ano passado terem constituído uma comissão que estudou exaustivamente o assunto, fez recomendações ao prefeito para entrar em entendimento com a empresa e ver onde é possível alterar-se a lei. Porém, segundo eles, o trabalho da comissão deve estar criando poeira nalguma gaveta na prefeitura. Reclamaram do fato da câmara criar leis e estas não serem cumpridas. O vereador Prof. Cláudio Henrique (PMN) atacou àqueles que querem mudar a lei no âmbito da câmara. Disse que cabe ao executivo enviar ao legislativo proposta de alteração da lei. Pelo visto, o início do ano parece mostrar que os vereadores estão insatisfeitos com o prefeito e atacam a administração que, segundo eles, é lenta, morosa, incompetente.

O prefeito Dilador Borges terá muita dor-de-cabeça. É mal assessorado no âmbito político. O Chefe de Gabinete, Coronel Borela, militar de carreira, acostumado a dar ordens, não tem o mínimo traquejo para lidar com situações nesse conturbado campo das relações com os vereadores. Por outro lado, o Secretário de Governo, Manoel Afonso Filho, pecuarista, também é fraco, sem experiência na arte de manter “azeitada” essas relações com os edis e pode comprometer sensivelmente o futuro do governo Dilaflor. Sem uma boa assessoria política no gabinete e com um Líder na câmara, omisso, calado, o prefeito corre o risco de ter muitos problemas daqui prá frente. As críticas do vereador Arlindo, deixam claras as fissuras, as dificuldades entre o prefeito e os vereadores. Apesar de Dilador ter uma bancada com folgada maioria, todos sabemos como as coisas funcionam ali no Palácio 9 de Julho. Com esse time fraco, desorientado e incompetente, o prefeito terá muita dificuldade para aprovar seus projetos no decorrer deste ano. Na câmara, os vereadores mais experientes, capazes ─ Cláudio Henrique, Jaime, Cido, Batata, são capazes de mudar o curso das coisas. Já os vereadores mais ligados ao prefeito ─ Márcio Saito, Dr. Alceu, não abrem a boca. Mas também, vão dizer o quê?